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Passa o tempo...

Pois é, como passa o tempo. Passando por este blog novamente eu verifico que faz quase um ano que eu postei pela última vez aqui, quando estava no Japão, e faz dois anos que eu fui ao Japão para estudar. Voa o tempo. Foi uma experiência fantástica, sem dúvidas. Com seus desafios e dificuldades, mas também muitos prazeres que só quem tem esse tipo de experiência pode vivenciar. No entanto, como até mesmo a uva, tudo passa, tudo voa. E ficam as lembranças! O Japão continua sendo pra mim uma segunda pátria, é o lugar que me acolheu, onde eu vivi e eu me sentia literalmente em casa. Espero ansiosamente ter "budget" para um dia voltar para lá a passeio, poder rever os amigos que deixei e também os lugares por onde passei, além disso, conhecer os lugares que não tinha dado tempo de conhecer. Tem muito pra ver lá ainda. A comida, como eu sinto falta! Às vezes, em atitudes quase-frustradas, eu cozinho um gohan e faço um carê pra lembrar a comida do refeitório da facul, também v...

Balanço geral

Faz tempo que não posto aqui! Meu blog ficou jogado às traças nesses últimos tempos de mudanças. Fazendo um balanço geral, os últimos posts não foram relacionados ao Japão e às descobertas culturais que eu fiz aqui. Tantas mudanças na vida da gente, provações, testes de maturidade, resistência e aprendizados inestimáveis fizeram parte dos meus últimos dias aqui. Finalmente, em janeiro eu retorno ao Brasil, com um coração cheio de saudade dessa terra cheia de maluquices e coisas legais, mas principalmente dos amigos que fiz aqui. É incrível, faça chuva ou faça sol, hostil, pedregulhoso ou inóspito que seja o ambiente, eu sempre consigo mais amigos para sempre. Agradeço aos que se tornaram meus amigos, pela disposição do coração. Volto para casa com o coração cheio também de expectativas, medos e predisposição a um choque cultural reverso, que "tashika ni" vai acontecer, mas então vou voltar ao Brasil como um intercambista vai para um país diferente, novamente, pisando miúdo, e...

Nostalgia - Recortes

Eu sempre fui um menino agitado, hiperativo e muito comunicativo. Timidez esteve sempre longe de mim. Porém, minha mãe, sempre superprotetora e com seu primeiro filho, não facilitava para que eu saísse para a rua brincar. A redondeza também, não favorecia, geograficamente... assim, eu me tornei o que em Ponta Grossa a gente chama de "piá de prédio". Com muita energia acumulada, tinha que descarregar em alguma coisa. O meu ladrão sempre foi a caneta. Em diversas superfícies, eu, que odiava lápis, punha minha imaginação para funcionar das mais diversas formas. Tudo o que se formava de imagem na minha cabeça estava em alguns segundos impresso em algum papel, livro, ou mesmo na parede. Minha mãe facilitava tanto, que quando ela via, eu já tinha desenhado na parede, escrito "campainha" sob o interruptor do corredor, tinha passado o formato de um transferidor na parede do quarto, e etc. Na altura da minha cabeça, a parede da minha casa chegou a um ponto em que parecia m...

Persistência ou teimosia?

Max Gehringer, em um dos seus artigos sobre carreira, arremata um conto sobre a história de um cavaleiro com o seguinte trecho: "Tentar é bom, persistir é ótimo, e cair do cavalo de vez em quando é normal, faz parte do aprendizado. Mas sempre há um ponto, depois de algumas tentativas mal-sucedidas, em que é preciso parar, pensar, colocar as idéias em ordem e, quem sabe, tentar outra alternativa. É exatamente nesse ponto que começa a diferença, que muita gente ainda não consegue perceber, entre a saudável persistência e a pura teimosia." Só isso nesse post! Sem inspiração para isso! hehehe.... falow!

New post. Amigos!

Olá, leitores eventuais! Bem, povo, vou falar sobre amigos. "Você, meu amigo de fé, meu irmão camarada..." (Roberto Carlos) - não, muito ridículo... "Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração..." (Milton Nascimento) - não, muito triste... Bem, vocês entenderam. Aqui no Japão, eu consegui uma coisa que tenho em vários lugares, de várias maneiras, vários estilos. Aqueles amigos de 5 minutos por semana ou por mès e aqueles que praticamente vivem grudados com a gente. Todos os amigos, cada um tem sua característica, sua influência na vida da gente. Assim como em todos os lugares que passo, restam os amigos. E restam não só no lugar passado, mas na vida e no coração da gente. Tem aquele amigo que está sempre disponível a contar uma piada, sabe que vai animar a gente. Outros amigos nos preocupam com nossos problemas, ou simplesmente observam como a gente está e tentam fazer algo para ajudar se tudo não estiver OK. Dentre es...

A importância de se fazer o que gosta

Olá pessoal! Primeiro post de novembro, e eu vou falar minhas reflexões. A importância de se fazer o que gosta é fundamental. Sempre quando estamos fazendo algo, temos que avaliar a importância de estarmos fazendo aquilo, principalmente quando são coisas importantes na vida da gente, como um emprego, uma faculdade, um projeto bastante grande. É importante pensar em longo prazo sobre os impactos positivos e negativos do que fazemos. Um grande amigo, que é muito bom na profissão dele, sempre me disse que quando está trabalhando, ele sempre mantém uma economia, suficiente para sustentá-lo por alguns meses, para que o dia que ele fique de saco cheio, do chefe, ou do trabalho, ele tenha a liberdade de dar um chute na bunda de quem quer que seja e procurar uma outra ocupação, que lhe mantenha feliz. É claro que o caso desse amigo não se pode aplicar a todos. Ele ainda é solteiro, ele é muito bom naquilo que faz, então ele se pode dar ao luxo de correr esse risco. Mas muitas vezes eu ...

Nostalgias - APZ

Em 20 de julho de 1997, eu fundei, com a ajuda do meu irmão Eduardo (6 anos na época – e eu 12), a Associação Pykyrykana de Zerósia - APZ. Eu nunca tive uma definição nem idéia exata de o que é a Zerósia. Mas se hoje alguém me perguntasse, diria que é uma filosofia que prega a filantropia e promove o conhecimento de vários temas com cursos muito interessantes. Eu pegava a máquina de escrever do Pai ou do Vô e batia o jornalzinho da Associação. Nele, eu promovia os novos cursos de Zerósia (a filosofia, regida por signos como Ptébana e Ierévana), além dos cursos dos idiomas falados no 2º Universo (meu universo imaginário)... línguas mortas e atuais. Mortas, como o pykyrykano (a origem de tudo, que eu inventei quando tinha 6 anos mais ou menos), assim como o turco raphaelesco e o árabe raphaelesco júnior, línguas ainda utilizadas nesses países. O Eduardo se divertia por ter um cargo importante na Associação, mas eu, como péssimo líder que sou, não sabia imputar as devidas tarefas a ele, q...